O Clássico Choque-Rei, nome dado pelo jornalista Thomaz Mazzoni, já foi disputado 291 vezes. Até o momento o São Paulo leva uma pequena vantagem com 103 vitórias, apenas 9 a mais que o Palmeiras, sendo 94 empates. O São Paulo marcou 387 gols e o Palmeiras 373.
Dentre estes jogos algumas goleadas aconteceram, das quais relembraremos duas delas:
1981, o Palmeiras estava no meio de uma grande crise e tinha disputado no primeiro semestre a Taça de Prata, a segunda divisão do Campeonato Brasileiro.
Já o São Paulo, que era o atual campeão paulista, estava com a força total e estava formando o time que seria bicampeão paulista, resultado, o São Paulo aplicou uma incrível goleada sobre o Palmeiras...foi um verdadeiro show tricolor, uma peleja para não se esquecer!!!
Eis a ficha técnica:
Data: 4 de outubro de 1981
São Paulo 6 x 2 Palmeiras
Local: Morumbi
Público: 31.799
Árbitro: Oscar Scolfaro
Gols: Everton aos 26’ e Aírton (contra) aos 39’ do Primeiro Tempo; Mário Sérgio aos 13’, Renato aos 15’, Serginho aos 20’, Paulo César aos 22’, Mário Sérgio aos 24’ e Enéas aos 32 do Segundo Tempo.
São Paulo: Waldir Peres, Getúlio, Oscar, Gassem e Aírton; Almir, Renato e Everton; Paulo César, Serginho, depois Tatu, e Mário Sérgio. Técnico: Formiga
Palmeiras: Gilmar, Benazzi, depois Jaime Boni, Luís Pereira, Deda e Pedrinho; Vítor Hugo, Célio e Aragonés, depois Esquerdinho; Reginaldo, Enéas e Marquinho.
Técnico: Jorge Vieira.
Mais de 10 anos depois o São Paulo era o atual campeão brasileiro e estava formando a equipe que conquistaria o seu primeiro título mundial. O verdão vivia o começo da era Parmalat e não teve pena do Tricolor ao aplicar um incrível e na época, surpreendente 4 a 0.
Eis a ficha técnica:
Data: 8 de março de 1992
Palmeiras 4 x 0 São Paulo
Local: Morumbi
Público: 20.947
Árbitro: Oscar Roberto Godoy
Gols: Evair aos 23’, Andrei aos 27’ e Edu Marangon aos 34’ do Primeiro Tempo; Evair aos 12 do Segundo Tempo.
Palmeiras: Carlos, Marques, Tonhão, Andrei e Dida; César Sampaio, Daniel Frasson, Luís Henrique e Edu Marangon; Jorginho e Evair, depois Amaral. Técnico: Nelsinho Baptista
São Paulo: Zetti, Cafu, Antônio Carlos, Ronaldo e Nelsinho; Sidnei, Palhinha e Raí; Macedo, depois Cate, Gilmar, depois Suélio, e Elivélton. Técnico: Telê Santana
Hoje faz aniversário um dos maiores atacantes do futebol brasileiro, Evair. Ele nasceu em 21 de fevereiro de 1965. Surgiu no Guarani quando foi vice-campeão brasileiro de 1986, vice-artilheiro do brasileirão.
De Campinas, partiu para Bérgamo na Itália, onde jogou pelo Atalanta. Voltou ao Brasil em 1991 onde fez história no Palmeiras, e conquistou as pelejas dos campeonatos paulistas e os brasileiros de 1993 e 1994. Foi um dos grandes injustiçados pela não convocação para participar da Copa do Mundo de 1994.
Foi para o Japão, jogar no Yokohama Flugels e quando todos pensavam que ele se encaminhava para um fim de carreira, voltou ao Brasil. Foi campeão brasileiro em 1997 pelo Vasco da Gama, da Libertadores em 1999 pelo Palmeiras e campeão paulista pelo São Paulo em 2000.
Impossível ao ver o gol de Rivaldo contra o Linense, não associá-lo ao poema “Gol” de Ferreira Gullar.
A obra do jogador, agora são paulino, foi pura magia.
A obra do poeta, sempre vascaíno, é magia pura.
Confiram as duas obras de arte e tirem as suas próprias conclusões.
GOL de Ferreira Gullar
A esfera desce
do espaço
veloz
ele a apara
no peito
e a pára
no ar
depois
com o joelho
a dispõe a meia altura
onde
iluminada
a esfera
espera
o chute que
num relâmpago
a dispara
na direção
do nosso
coração.
GOL de Rivaldo
(Crédito da caricatura: Fraga)